OusadiaEduardo Velozo Fuccia
Pelo modo como foi consumado, sem despertar suspeitas, o furto de um contêiner com 540 televisores de um terminal no Porto de Santos pode ser considerado um golpe de mestre. Mas, a julgar pelas pistas deixadas pelos envolvidos, o nível de eficiência da trama criminosa deixou a desejar, e os seus autores deverão em breve ser identificados e indiciados em inquérito policial.
Pelo menos, essa é a expectativa do delegado Marcelo Gonçalves da Silva, que comanda um setor da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) especializado na repressão a furtos e roubos de carga.
“Nas próximas horas, receberemos do fabricante dos televisores uma relação contendo os números de série de todos os aparelhos. Com esses dados, poderemos rastreá-los, identificando os receptadores e, consequentemente, os ladrões”.
O furto aconteceu exatamente às 23h53 do último dia 13, no terminal da Libra, na Ponta da Praia. Porém, o crime só foi descoberto na quarta-feira, após uma conferência dos contêineres que estavam no pátio da empresa. Na manhã desta quinta-feira, representantes da Libra e da LG Electronics da Amazônia compareceram à DIG para comunicar o crime. A carga possui seguro.
“O que mais chama a atenção nesse furto são as informações privilegiadas que os ladrões possuíam. Eles sabiam do processo de logística da carga e utilizaram um documento materialmente perfeito para retirar o contêiner com as TVs sem despertar suspeitas”, conta Gonçalves. A documentação à qual o delegado se refere é uma ordem de carregamento original emitida pela transportadora Log-In Logística Intermodal, que tem escritório em Santos.
Os policiais da DIG consideram essa ordem de carregamento o fio da meada das investigações. Além desse documento, os autores usaram outro, falsificado, no qual constam o nome e demais dados pessoais de um homem, cuja participação já está descartada. “Ele é um advogado da Baixada Santista e teve os seus dados indevidamente utilizados”, explica o delegado.
Ainda não identificado, o motorista que entrou na Libra com o documento de carregamento original para retirar a carga de televisores, avaliada em R$ 659.178,00, se identificou com o nome do advogado. Ele dirigia um conjunto de caminhão e carreta, cujas placas são de Santo André e Guarulhos, respectivamente. Não há queixa de furto ou roubo dos veículos e suspeita-se de que os emplacamentos sejam falsos ou clonados.
Logo após a comunicação do furto, policiais saíram a campo para realizar uma série de checagens. O delegado não revelou quais são para não prejudicar as investigações, mas A Tribuna apurou que objetos foram apreendidos no escritório da transportadora Log-In e se constituem em provas materiais da fraude arquitetada para se cometer o furto.
'Procedimento foi correto'
Carla Carolina Pecora Gomes, advogada do Departamento Jurídico da Libra, comentou o episódio. ''O procedimento adotado pela Libra Terminais foi correto, conforme reconhece a própria LG, porque a ordem de carregamento apresentada para a retirada da carga é original. Ficamos com esse documento e o fornecemos para as investigações da Polícia Civil quando comunicamos o furto junto com representantes da LG”.
Pelo menos, essa é a expectativa do delegado Marcelo Gonçalves da Silva, que comanda um setor da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) especializado na repressão a furtos e roubos de carga.
“Nas próximas horas, receberemos do fabricante dos televisores uma relação contendo os números de série de todos os aparelhos. Com esses dados, poderemos rastreá-los, identificando os receptadores e, consequentemente, os ladrões”.
O furto aconteceu exatamente às 23h53 do último dia 13, no terminal da Libra, na Ponta da Praia. Porém, o crime só foi descoberto na quarta-feira, após uma conferência dos contêineres que estavam no pátio da empresa. Na manhã desta quinta-feira, representantes da Libra e da LG Electronics da Amazônia compareceram à DIG para comunicar o crime. A carga possui seguro.
“O que mais chama a atenção nesse furto são as informações privilegiadas que os ladrões possuíam. Eles sabiam do processo de logística da carga e utilizaram um documento materialmente perfeito para retirar o contêiner com as TVs sem despertar suspeitas”, conta Gonçalves. A documentação à qual o delegado se refere é uma ordem de carregamento original emitida pela transportadora Log-In Logística Intermodal, que tem escritório em Santos.
Os policiais da DIG consideram essa ordem de carregamento o fio da meada das investigações. Além desse documento, os autores usaram outro, falsificado, no qual constam o nome e demais dados pessoais de um homem, cuja participação já está descartada. “Ele é um advogado da Baixada Santista e teve os seus dados indevidamente utilizados”, explica o delegado.
Ainda não identificado, o motorista que entrou na Libra com o documento de carregamento original para retirar a carga de televisores, avaliada em R$ 659.178,00, se identificou com o nome do advogado. Ele dirigia um conjunto de caminhão e carreta, cujas placas são de Santo André e Guarulhos, respectivamente. Não há queixa de furto ou roubo dos veículos e suspeita-se de que os emplacamentos sejam falsos ou clonados.
Logo após a comunicação do furto, policiais saíram a campo para realizar uma série de checagens. O delegado não revelou quais são para não prejudicar as investigações, mas A Tribuna apurou que objetos foram apreendidos no escritório da transportadora Log-In e se constituem em provas materiais da fraude arquitetada para se cometer o furto.
'Procedimento foi correto'
Carla Carolina Pecora Gomes, advogada do Departamento Jurídico da Libra, comentou o episódio. ''O procedimento adotado pela Libra Terminais foi correto, conforme reconhece a própria LG, porque a ordem de carregamento apresentada para a retirada da carga é original. Ficamos com esse documento e o fornecemos para as investigações da Polícia Civil quando comunicamos o furto junto com representantes da LG”.
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