segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Moradores do bairro Vila Mirim terão própria moeda social em 2012


Praia Grande
Da Redação
Créditos: Arquivo


















Quem pagar suas compras com
 a nova moeda terá desconto 
de 10%


Quanto custa esta bolsa?”. “Trinta reais. Se for pagar em mirins, tem desconto. Fica 27 mirins”. Por enquanto, essa é uma situação hipotética. Mas, a partir de março do ano que vem, ela deverá ocorrer com frequência nos estabelecimentos comerciais do bairro Nova Mirim, em Praia Grande – localizado entre a Via Expressa Sul e a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, ou o Ribeirópolis e o Anhanguera.


Até o final de fevereiro, a comunidade do bairro deverá passar a contar com uma moeda social, provisoriamente chamada de Mirim (M$). Um Mirim (M$ 1,00) valerá R$ 1,00. Para ter acesso à nova moeda, os moradores do bairro deverão trocar reais por mirins na agência 
comunitária que será instalada naquela região. Assim, quem levar R$ 10,00 à 
agência sairá de lá com M$ 10,00 no bolso.


DESCONTOS A vantagem de quem utilizar a nova moeda é ter direito a descontos 
no bairro. Assim, se uma bolsa, por exemplo, custar R$ 30,00, ela poderá ser vendida por
M$ 27,00, com um desconto de 10% nesse caso.


Conforme o secretário de Relações do Emprego e Trabalho de Praia Grande,
 Getúlio de Matos, o objetivo da nova moeda, que só irá circular dentro do bairro,
 é fixar a renda dos moradores naquela região. “Por ano, o comércio do bairro 
movimenta cerca de R$ 11 milhões”, explica Matos. “Com a moeda social circulando, 
por volta de R$ 6 milhões deverão ficar ali”.


A expectativa se justifica pelo incentivo dos descontos que serão dados pelos 
comerciantes que aderirem à nova moeda – os produtos deverão ficar 10% mais 
baratos, em média. Como na Nova Mirim não há agências bancárias nem casas 
lotéricas, segundo o secretário, os moradores costumam fazer seus pagamentos 
e recebimentos em outras regiões da Cidade. E acabam comprando nesses locais. 


Com a possibilidade de ter descontos, os moradores deverão preferir fazer suas 
compras nos estabelecimentos comerciais do bairro, fixando o dinheiro ali. “O principal
 é a fixação da renda per capita nessa região”, afirma Matos.“ Comisso, vai tero 
fortalecimento do comércio, geração de mais emprego e mais renda”.


APORTE
A agência comunitária contará com o aporte financeiro do Banco do Brasil, que
 está participando do projeto. O banco deverá colocar, inicialmente, R$ 150 mil 
no bairro. “Para cada M$ 1,00 a agência vai ter que ter um lastro de R$ 1,00”,
 lembra o secretário de Relações do Trabalho.


A escolha do bairro Nova Mirim para a criação da moeda social, segundo Matos, 
ocorreu porque a região possui duas associações de bairro bem estruturadas – 
a Nossa Senhora Aparecida e a Associação de Moradores de Vila Mirim.


“A ideia é fazer em outros bairros depois”, antecipa o secretário. A nova moeda 
será feita com papel moeda autorizada pelo Banco Central e terá os mesmos 
componentes de segurança do Real (papel moeda, marca d’água, código de 
barra, números serial) para evitar falsificação. 

Comércio 
Para o secretário geral do Conselho Consultivo da Associação Comercial

 e Empresarial de Praia Grande, Eloy Robson Andrade Catão, outro benefício 
que a nova moeda deverá trazer para o bairro Nova Mirim será a formalização
 dos comerciantes que atuam na informalidade.


“A função da moeda social é fortalecer o comércio local”, afirma o secretário da 
associação comercial. “E o comércio local formalizado”.
Embora isso ainda não esteja definido, Catão acredita que somente poderão abrir
contas correntes na agência comunitária os comerciantes que possuírem CNPJ 
(Cadastro NacionaldePessoaJurídica).


Prestadores de serviço, por exemplo, deverão receber em mirins e fazer as compras 
em mirins, sem terem contas correntes na agência comunitária. Segundo o diretor 
social da Associação de Moradores Nossa Senhora Aparecida, RicardoMarques da 
Silveira, comerciantes  informais temem aderir à nova moeda e serem obrigados, 
com isso, a recolher impostos depois. “Ainda estamos no início do projeto, fazendo
 a divulgação junto aos comerciantes”, destaca Silveira.






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