quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Voluntariado: atitude de amor ao próximo


Notícia do dia 22/9/2011
Por Antonio Cassimiro, MTB: 29.565
  
 
Três novas voluntárias do Irmã Dulce revelam porque se decidiram pelo gesto
 
 
Três mulheres e suas experiências de hospitalização
Três mulheres e suas experiências de hospitalização, que resultaram na opção de cuidar de pessoas que precisam enfrentar um processo de adoecimento. Entre os novos voluntários que esta semana passam por capacitação para ingresso no Grupo Feliz, o Complexo de Saúde Irmã Dulce recebe Maria Luiza Santos, 63 anos; Nadir da Silva Rodrigues, 61; e Rose Laine Veiga, 55. Em comum, a expectativa de quem inicia o voluntariado pela primeira vez.

Maria Luiza conheceu o Hospital Municipal Irmã Dulce como paciente. No ano passado, em menos de 15 dias após a morte do irmão, ela teve de ser internada com um princípio de enfarte. “Fui tratada muito bem aqui, muito melhor que em hospitais particulares. Minha vida sofreu um furacão, fui amparada pela equipe deste hospital e vi o quanto foi importante receber apoio”, conta.

Casada e com filhos adultos, Maria Luiza sentiu que era o momento de dar sua contribuição aos que precisam e transmitir um pouco do que aprendeu, cuidando do irmão numa UTI por 41 dias. “Ao longo da internação dele, notei pessoas que precisavam de auxílio, de alguém que possa passar uma mensagem de paz e amor”, disse.

Desespero - Viúva, com filhos adultos e uma neta de 13 anos, Nadir atendeu ao chamado do amor ao próximo por entender que pode ajudar a equipe no cuidado aos pacientes, seja dando uma refeição ou fazendo uma barba. Em São Paulo, acompanhou no hospital a mãe idosa até seu falecimento. “Eu via o desespero. A gente ficava correndo, ajudando. É tudo o que eu quero: ajudar”.

Também viúva e com filhos adultos, Rose Laine cuidou do marido, que era diabético. “Foram oito anos de entra e sai de hospital. Aprendi tanta coisa, cuidava de outros pacientes. Sempre fui muito ativa e quero ocupar meu tempo. Se na área particular já há necessidade de voluntários, acho que num hospital que só atende pelo SUS essa necessidade é ainda maior”, considera.

Veterana – Entre os novos voluntários está Helena Rodrigues Marques, 64 anos, que registra mais de 20 anos de atuação em hospitais da região. Para ela, o apoio pode vir de atos simples, mas de grande significado para quem recebe. “Preciso fazer caridade. É uma necessidade pessoal. Creio que só dando recebemos e isso é minha filosofia de vida. Uma palavra, uma ajeitada no cabelo, uma virada de travesseiro faz diferença”, comenta.

A capacitação dos novos voluntários pela equipe de suporte técnico prossegue até sexta-feira (23), das 9h às 11h, no anfiteatro. Desde segunda-feira, eles tiveram palestras com o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Psicologia e Comissão de Humanização, abordando assuntos como higienização das mãos e aspectos psicológicos do processo de adoecimento.

Partiu da diretora técnica Maria Alice Tavares da Silva a iniciativa de intensificar o preparo do voluntariado. “A importância do trabalho sem fins lucrativos é enorme porque envolve amor ao próximo. Em nosso hospital, que atende pelo SUS em sua totalidade, a atuação dos voluntários nas alas é fundamental, especialmente no apoio a pacientes com limitações, contribuindo para um maior acolhimento e para a real humanização do serviço”, conclui.

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