quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Guarda Costeira de Praia Grande encontra quase 130 animais na faixa de areia

Em 9 mesesDe A Tribuna On-line

Créditos: Divulgação/PMPG
Alerta é para que banhistas não encostem em animais que encontrados na orla da praia

A Guarda Costeira de Praia Grande encontrou este ano, de janeiro até o dia 4 de outubro, 127 animais marinhos, sendo que destes, apenas 39 estavam vivos e encaminhados à reabilitação. A maioria dos animais mortos foi vítima de poluição ambiental ou pesca predatória.

A espécie com maior número de vítimas foi a tartaruga. Foram encontradas nas praias da Cidade 60 mortas e apenas cinco vivas. Somente do último domingo até quarta-feira, a Guarda Costeira encontrou 11 tartarugas, dez da espécie verde e uma de pente (ameaçada de extinção).

Segundo o inspetor Delfo de Almeida Monsalvo, de acordo com o laudo do Gremar (Grupo de Resgate e Reabilitação de Animais Marinhos), após necropsia, todas tinham lixo no estômago, mas em três casos a causa da morte não foi o lixo: duas foram encontradas marcas de rede e uma estava com o casco rompido por provável colisão com embarcação.

"Realizamos um trabalho de patrulhamento constante na costa de Praia Grande, que consiste em abordar a embarcação, orientando o pescador quanto à distância regulamentada em lei e verificamos se há o dispositivo de descarte de tartaruga. A patrulha é constante durante o dia, só que por não haver fiscalização à noite, as embarcações infringem a lei e promovem a mortandade enorme de peixes e animais marinhos”, lamenta.

Outros animais
Também foram encontrados 18 pinguins (sete vivos), 12 golfinhos (todos mortos), oito atobás (sete vivos), sete gaivotas (todas vivas), quatro arraias (duas vivas), quatro lobos marinhos (todos vivos), dois lobos pequenos (um vivo), dois albatrozes (um vivo), duas baleias (todas mortas), um biguá (vivo), uma padela (viva), um telha-mar (vivo), uma fragata (viva), um petrel gigante (morto), um trinta-reis (morto), um pombo-do-cabo (vivo) e uma garça-dorminhoca (viva).

Monsalvo ainda pede ajuda à população: “Se alguém estiver caminhando na praia e avistar uma embarcação estranha, é só ligar para o telefone 199, que essa denúncia será registrada e encaminhada ao Grupamento de Guarda Costeira, que tomará as devidas providências".

Cuidados
Outro alerta que o inspetor faz e para os banhistas, para que, caso encontrem animais marinhos, vivos ou mortos, não encostem, acionem imediatamente o telefone 199. “O animal pode transmitir alguma doença e se estiver vivo pode ser violento e ferir a pessoa. No caso dos pescadores, se pegarem animais mortos não devem misturar com os pescados que podem contaminá-los”.

De acordo com o inspetor, uma situação que está se tornando comum é de pescadores artesanais e profissionais jogarem as redes, com poita (tipo de ancora para fixá-la), na área de arrebentação (o ideal é que isto seja feito 200 metros depois da arrebentação), prejudicando a circulação de embarcações e oferecendo risco à vida de banhistas e surfistas, que podem se enroscar e se afogar.

Crime
A pesca predatória é crime federal, de acordo com a lei federal 9.605/98 de Crimes Ambientais. Quem infringir esta lei poderá sofrer detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas, cumulativamente.

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